Pesquisas mostram que prática espiritual pode potencializar os resultados do tratamento com profissionais de saúde mental
Muito tem se falado sobre a importância da espiritualidade e de práticas de oração e medicação como auxiliares no tratamento da ansiedade e depressão, já que tais práticas favorecem o senso de pertencimento a algo maior que a si mesmo, proporcionando um novo sentido de vida.
Sabemos que a ansiedade é um mecanismo natural do nosso organismo que nos ajuda a identificar e reagir aos perigos que nos rondam. É uma espécie de “alarme de emergência” interno que nas últimas décadas tem estado descontrolado pelo excesso de pensamentos negativos, medos irracionais e estresse crônico, próprio do estilo de vida atual. Mas também nos chama a atenção o fato de que os transtornos de ordem psicológica avançaram significativamente nas últimas décadas na medida em que houve um afastamento de estruturas que até então davam um sentido de vida às pessoas, como a fé e a religiosidade.
Quando as pessoas se conectam com suas crenças espirituais, muitas vezes encontram um significado mais profundo em suas experiências e desafios, e isto ajuda a reduzir os sintomas de desesperança e confusão que, muitas vezes, acompanham a ansiedade. Nesse contexto, a prática da oração e da contemplação tem apresentado resultados positivos no manejo da ansiedade, pois atua proporcionando momentos de pausa e reflexão para ajudar a acalmar a mente.
Pesquisas mostram que a oração pode reduzir os níveis do hormônio do estresse cortisol e induzir um estado de relaxamento. Este estado de calma pode ser especialmente útil durante ataques de ansiedade, ajudando a reduzir a intensidade dos sintomas. A oração também pode desenvolver um senso de controle e esperança. Quando as pessoas oram, muitas vezes expressam as suas preocupações e esperanças, o que pode ser uma forma de libertar emoções reprimidas. Este ato de “liberar” as preocupações pode reduzir a carga emocional e trazer clareza mental. Além disso, a oração pode fortalecer a fé num poder superior, ajudando as pessoas a sentirem que não estão sozinhas nos seus desafios e que um poder superior está a zelar por elas.
É importante dizer que a vida de oração e a prática da espiritualidade não substituem o tratamento psicoterápico e até medicamentoso se a pessoa estiver fazendo uso. O que as pesquisas indicam é que a prática da espiritualidade atua como um importante auxiliar, potencializando aquela melhora que já acontece no acompanhamento com um profissional da saúde mental. Quando devidamente integrados, essas práticas podem complementar outras formas de terapia, ajudando as pessoas a gerir a sua ansiedade com paz e esperança.
Fonte: Assessoria de Imprensa – Fundação João Paulo II/Canção Nova