No Distrito Federal, a ansiedade e a depressão emergiram como as principais razões por trás dos afastamentos do trabalho nos últimos anos. Em média, três trabalhadores por dia foram afetados por esses distúrbios no ano passado. Dados do Ministério da Previdência Social revelam que, em 2022 e 2023, respectivamente, 859 e 1.244 trabalhadores do DF foram afastados de suas funções devido a problemas de saúde mental.
Conforme as normas atuais, se um trabalhador é diagnosticado com depressão, o médico responsável pode recomendar o afastamento para tratamento. Se o atestado médico tiver validade inferior a 15 dias, não é necessário acionar o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), e o pagamento do salário continua sendo responsabilidade do empregador. No caso da ansiedade, as regras são semelhantes, e se o trabalhador precisar ser afastado permanentemente por causa do transtorno, é classificado como inválido.
Os servidores públicos também estão enfrentando um aumento no adoecimento mental. Em 2023, uma reportagem do Metrópoles revelou que nos primeiros quatro meses do ano, mais de 10,3 mil servidores da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF) necessitaram de atestados de afastamento. Dessas ausências, os técnicos em enfermagem representaram a maior parte, correspondendo a 38,35% dos servidores afastados do trabalho por questões de saúde, totalizando 3.985 profissionais.
No setor da Educação, mais de 5.178 funcionários precisaram de atestados médicos no mesmo período. Desse total, 26,31% estavam ausentes do trabalho devido a transtornos mentais, e 84,4% eram professores.
