Estudo Aponta: Musculação Melhora Depressão e Ansiedade em Idosos

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A perda de massa muscular associada ao envelhecimento é uma preocupação comum, podendo impactar negativamente a autonomia e a qualidade de vida dos idosos. No entanto, uma pesquisa recente realizada pelo Instituto Israelita de Ensino e Pesquisa Albert Einstein (Iiepae) revelou que a prática de musculação não apenas combate esses efeitos físicos, mas também oferece benefícios significativos para a saúde mental.

Uma revisão abrangente de 200 estudos conduzida pelo Iiepae concluiu que a musculação é eficaz na melhoria dos sintomas de depressão e ansiedade em idosos. Os resultados dessa pesquisa foram publicados na edição de março da revista científica Psychiatry Research. Paolo Cunha, pós-doutorando responsável pelo estudo, destaca que a perda de força e massa muscular, comuns no processo de envelhecimento, pode estar relacionada ao aumento de problemas de saúde mental. Ele explica que diversos mecanismos fisiológicos controlados pelo cérebro desempenham um papel nesse processo.

O estudo sugere que a prática de atividade física três vezes por semana, com três séries em sessões curtas de seis exercícios, pode trazer benefícios significativos. Segundo Cunha, o uso de equipamentos de musculação é mais vantajoso do que faixas elásticas ou o peso do próprio corpo, pois oferece um controle mais preciso da intensidade e do volume do treino, resultando em impactos mais expressivos na saúde mental.

“Menos é mais quando se trata de musculação: uma série curta pode trazer mais resultados”, explica o pesquisador. Ele ressalta que, embora os benefícios diretos do exercício sejam importantes, a musculação realizada em grupo oferece oportunidades adicionais de interação social, ajudando a evitar o isolamento comumente associado à depressão e ansiedade.

Apesar dos resultados promissores, os pesquisadores enfatizam que ainda há lacunas no entendimento dos benefícios da musculação para a saúde mental e no funcionamento exato dessa atividade. A maioria dos estudos analisados envolveu um número limitado de participantes, indicando a necessidade de mais pesquisas nessa área em constante evolução.

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