Práticas integrativas e complementares (PICS) no SUS para enfrentamento da ansiedade e depressão

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As Práticas Integrativas e Complementares (PICS) têm se tornado cada vez mais relevantes no contexto do Sistema Único de Saúde (SUS), oferecendo alternativas terapêuticas acessíveis para o enfrentamento de condições como ansiedade e depressão. Estas práticas não apenas complementam os tratamentos convencionais, mas também promovem uma abordagem holística à saúde, considerando o bem-estar físico, mental e emocional dos pacientes.

Segundo informações do Ministério da Saúde, as PICS estão presentes em 54% dos municípios, distribuídos pelos 27 estados e Distrito Federal e todas as capitais brasileiras. Na cidade do Rio de Janeiro, de acordo com dados do SUS, aproximadamente 60% das unidades de Atenção Primária à Saúde (APS) oferecem pelo menos uma prática integrativa. Entre as PICS mais comuns estão a auriculoterapia, meditação, acupuntura, Reiki, aromaterapia, yoga, entre outras.

Importante: As Práticas Integrativas e Complementares não substituem o tratamento tradicional. Elas são um adicional, um complemento no tratamento e indicadas por profissionais específicos conforme as necessidades de cada caso.

Na última semana, o Sem Transtorno fez uma visita ao Centro Municipal de Saúde Dom Hélder Câmara, situado na Rua Voluntários da Pátria, em Botafogo, com o intuito de conhecer um grupo terapêutico oferecido no local. Sob a orientação de uma psicóloga e uma terapeuta ocupacional, o grupo reúne pessoas de diversas idades e contextos emocionais, reunindo-se semanalmente, às quartas-feiras, para um momento de meditação seguido por compartilhamento de experiências e interação entre os participantes. Essa abordagem fomenta um ambiente de acolhimento, muito valioso especialmente para aqueles que não têm acesso a atendimentos particulares com psicólogos. Além disso, ao término dos encontros, a terapeuta oferece sessões de auriculoterapia, ampliando os benefícios terapêuticos proporcionados pelo grupo.

“Infelizmente, nem todas as unidades de saúde oferecem esse tipo de atividade, e muitas delas carecem do suporte necessário na área de saúde mental”, afirma Karen Terahata, jornalista e fundadora do Sem Transtorno. “Por exemplo, este Centro Municipal de Saúde (CMS) dispõe de psiquiatra, psicóloga e grupo terapêutico, mas apenas os indivíduos cadastrados nesta unidade têm acesso a esses recursos. O ideal seria que um número muito maior de pessoas pudesse desfrutar e se beneficiar dessas iniciativas”.

Para saber qual é sua unidade de saúde de referência, os usuários podem acessar o link “Onde ser atendido” no site da Prefeitura do Rio de Janeiro. É importante ressaltar que nem todas as unidades de saúde oferecem todas as práticas, sendo a disponibilidade variável de acordo com a região e a demanda da comunidade.

Para mais informações, acesse a página das PICS na Secretaria de Atenção Primária à Saúde.

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